O TIGRE E O DRAGÃO
Eis que do silêncio surge os amantes,
que se entrelaçam constantes etéreos.
Eis que do nada absoluto vem os sons,
que gemem em prazeres corpóreos.
E as estrelas caem em delírios lúdicos,
e a lua observa um novo e outro dia.
Eis que o próprio sol tem sua luz tênue,
por um amor novo que surge. Quem diria?
Eis que nos céus qual som pode se escutar, surgem do silêncio espiritual o tigre e o dragão. E eis que de um entrelaço fatal do gozo carnal, geme num abraço o expulsar de uma solidão.
Lúcio Vérnon.®