sábado, 23 de junho de 2012

Passarinho do Cerrado




Foi bailando, cantando e sorrindo,
passarinho livre de cerrado adentro,
num valsar de plumas entoando o momento
que sussura baixinho sentimentos indo...

De noitinha via-se a lua já alta,
e girava, e dançava qual baiana cabocla
de sotaques cantados como que se assalta
a alma de um homem de fogo à fábula...

O rítimo é doce de tal macia pele,
suaves os gestos que anunciam o baile
por entre espaços que a proximidade impele,
de clamores saudosos e que toques desfile...

Lúcio Vérnon 


Agradecimento especial: Agradeço de coração a Tamiris Ferreira por gastar seu tempo me ajudando a escolher essa música que considero perfeita para o poema, e ainda mais por ler e avaliar o poema com palavras tão sinceras da qual concordo plenamente, melhorarei as rimas para a próxima. Beijos, linda, e muito obrigado pela atenção.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Diamante




Diamante roubado...
O cheiro já não mais é o mesmo,
os prismas diferem o tempo,
refletem outros brilhos...

Quando foi permito o furto?
Partida silenciosa,
formas em outras mãos...
Quão silêncio outrora.

Diamante roubado...
de cabelos negros pintados,
pele branca e corpo farto...
Em que mãos passaram...?

Quando foi permito o furto?
O desejo permanece...
Não esquece um diamante,
... O desejo permanece...

Lúcio Vérnon