domingo, 9 de setembro de 2012

De Assalto



Toma-me de assalto
o peito antes enclausurado,
que de tempos remói
o passado tão contínuo.

É preciso de pouco tempo
para que instigue o pensamento,
que rememore e acenda
a devoção de se entregar.

É preciso o tempo curto
que no entrelace de conversas
se crie o desejo de arder
sentidos postos apenas a poetar.

E toma-me de assalto
a razão meramente ilustrativa
de poeta ponderado
desesperado de esperar.

Lúcio Vérnon

Poema criado para Karolina. Uma das meninas mais lindas que tive a sorte de conhecer na vida. E que com apenas alguns minutos  de conversa conseguiu acalmar e dar esperanças a um cara que precisava ver um bom futuro. Obrigado Karol por também escolher a música perfeita para o poema, e pela oportunidade de  ver e ouvir suas lindas palavras.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Inércia




Inerte, sonho velado
e o desejo do moreno corpo
em copos insípidos,
transparecem enquanto toques,

arrepia-lhe a pele em leves espasmos,
abre-lhe o sorriso e aproxima o rosto,
que quão sussurro, enaltece o corpo
e como a brisa acarecia os ouvidos.

Inerte, sonho velado
o desejo do moreno corpo,
e da vontade que apraz
a alma insone, inquieta, renascida.

O aroma percorre a sala,
aguçam os outros sentidos
que excita a visão
e dá-lhe gosto ao paladar.

Lúcio Vérnon