De Volta a Estrada.
Quando o sorriso se apaga, A máscara renasce...
Rosto esbranquiçado, sombra nos olhos,
Boca pintada de negro, e um olhar lânguido...
Tudo volta a normalidade casual e temporal.
Os passos se apagam diante aos olhos,
A capa negra ressurge pairando ao vento,
Tudo o que era já não é outra vez...
As certezas incertas gritam e explodem.
O peito massacrado e marcado sangra,
Os dedos e as mãos buscam a antiga derrota,
E uma espada brilha sua luz negra outra vez.
O rosto já não sente a dor outra vez...
Os passos somem enquanto caminha,
A estrada se estreita enquanto se alonga,
A poeira conta a história de quem passou,
O sol castiga o corpo febril e imprudente.
Quando o sorriso se apaga, o peito clama,
O que a garganta não fala, e chora...
E na volta quem sabe os olhos vêem a força
Dos que nunca foram fortes, e agüentam.
Lúcio Vérnon®