segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Poesia Re-Sentida


Poesia Re-Sentida
"Se eu respeito... Por que me sinto triste? 
Me perdoe se eu chorar. "
Lúcio Vérnon
Talvez a poesia precise do não,
que balança as palavras e some...
Talvez a poesia precise sofrer
no momento em que mais se doa...

- Um assobio cantarola na lembrança,
e mais um verso choroso ressalta,
tomando-lhe o papel como confidente,
e lenço, que lhe enxuga o peito...

Talvez a poesia precise do sentimento
como chuva de verão que numa bela
tarde, enquanto as flores pedem mais,
ela dá seu adeus numa suave delicadeza.

- E humanamente erros acontecem...
O que seria ilusão, quando tudo pode-se tocar?
E em quanto tempo um ponto vira reticências?
E de quantas certezas se faz um sentimento?

Talvez a poesia precisa chorar,
Principalmente quando ela mais sorri...
Talvez a poesia precise pisar no chão,
quando mais se quer voar...

Lúcio Vérnon.

Ps: Uma música alegre as vezes mostra a intensidade da dor...
Ps²: Uma vez um Peregrino disse: "nem todas as feridas me recuarão,  nem toda a dor me fará desistir." Nada Mudou!  

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Numa rede...




Numa rede...

Chão de terra, terra molhada...
rios e flores, céu estrelado...
Uma rede; e teus cabelos embalados,
uma mão por sobre tua tez
e uma rosa ao seios...

Vestes brancas, olhos fechados...
toma-te do colo a cama...
e sorris ao deslizar da mão
que desenha-lhe face à nuca,
e lhe beija os lábios enquanto dormes...

A lua lhe prateia a pele morena,
e como num sonho realça tuas formas,
enquanto abres os olhos e vês outros castanhos,
como que incrédulo de tua presença...

Teu perfume mistura com os das flores,
enquanto abraçados, silenciam as falas,
e se tocam como a pena mais suave,
e dormem incautos de desejos...

Lúcio Vérnon