segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Guerra


Guerra.

Meias palavras,
e retalhos e meias,
algumas árvores,
pessoas algumas,
trepidava a vela,
mesa trepidava.

Corriam depressa,
homens corriam
sangue lavrado;
batom cor sangue.
gemem em medo
de tanques que gemem.

Lúcio Vérnon -- Às famílias inocentes no meio da guerra 
"heróica" brasileira, contra o narco-tráfico. Será?

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Indefinições

Indefinições
As palavras somem do papel,
a caneta trepida, rabisca
desenhos quaisquer,
Poeta insone, cala-se...
Procura no dicionário
definições indefinidas
do que sente, próprio
peito nega a afirmação.
E caminha inquieto
pela casa solfejando,
músicas outrora cantadas,
e sente um toque leve...
Já os lábios enlaçam
inocuamente um beijo
que espalha-se
enquanto fecham-se os olhos.
O tempo passa pacientemente,
o corpo sente a falta do abraço...
E a boca emudece intumescida
do que o silêncio lhe trás.
Lúcio Vérnon

sábado, 6 de novembro de 2010

Beijo

Beijo
Enquanto isso, tudo para,
respiram ofegantes,
fecham os olhos,
e sonham em segundos.
Enquanto isso, silêncio,
palavras não são precisas,
não tem força para descrever,
E não se precisa falar...
Enquanto isso, sorrisos,
abraços apertados,
coração acelerando,
e caminham nas nuvens.
Enquanto isso, arrepios,
Trepida o corpo,
sentem ambos os toques.
Enquanto isso, Beijam-se.
Lúcio Vérnon