Coração de lata,
frágil quanto cristal.
Sorrisos de passado tênue
e tão presente como o futuro
Que de tão próximo
esvai-se por entre os dedos
sem caminhos, Sem histórias...
Ou seria das histórias, teu sentido?
Coração de lata...
o tempo não retorna,
Mas sempre tem seu novo fim,
tal qual a própria vontade de ser.
Qual tua vontade,
que enquanto tudo é quieto
pranteia em silêncio,
entre soluços tão sonoros?
Coração de lata...
Sofre apenas os que não são humanos,
tais como os perfeitos
que não aprenderam errar.
Lúcio Vérnon