domingo, 27 de janeiro de 2008
Poema Além da Matéria.
Poema de uma lembrança
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
Acompanhante
ACOMPANHANTE
I
Um corpo inerte ao espelho; Olhos vagos, vazios, desiludidos; Um corpo mórbido, frio e distante; Sonhos em algum lugar, longe...
Perdido na imensidão do nada, Amando sem amar; prazendo sem prazer... Queria partir, queria sonhar, talvez ser feliz... E os ponteiros sempre se separam...
O vento frígido toca a face sutil... Quão sutil toque esquecido pelos ponteiros. Ponteiros sempre se encontram para separar-se. Queria que a própria vida assim não fosse...
Um corpo anãs pedras, beira mar... Beira agonia de não sentir-se... Queria poder ser qualquer ser. Não pode. Queria sonhar e ser feliz. Proibido pelo tempo.
Lúcio Vérnon. Goiânia 18.01.08®
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
Esperança
ESPERANÇA As lágrimas caem e onde foi você? Não estás mais aqui para apará-las, Não mais sinto teus toques, presença. Seria antes a realidade real imaginária? O corpo palpita tépido ao último suspiro, Estremece a alma no súbito desejo de padecer, E tu não estás para consolar na última hora, A respiração falha ao coração parando... A vista escurece apenas vozes ao redor, O frio aquece a alma para partir, voar. Sua voz não deseja a boa viagem, bom pouso. O corpo já não mais é a prisão da alma amante. Ela ainda não sai desse infeliz ser, tua culpa, Pedistes para não ir, mas tu quem foste. Onde estás para deixá-lo partir, ser livre? O desejo é morrer para se viver, onde estás tu? Lúcio Vérnon, GYN- 03.09.06 ®.
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
OLHAR
CONTO DE UMA VIDA
Lúcio Vernon® Goiânia – 01. Maio. 2007.
PALAVRAS
FLORES BRANCAS
Flores... O aroma na casa era de flores, talvez jasmins, ou petúnias, não sei distinguir um cherio de flores, mas sei apreciá-las. Flores, a casa tinha cheiro de flores, ao fundo suavemente uma boa cansão tocava em algum quarto, e alí estava ele, com olhos fechados, para sentir a música, não escutava apenas com os ouvidos, mas com o coração, a mão estava sua caneta preferida, e um papel onde escrevia alguns de seus poemas, falando de amor, e amor, e amor.Entrei, ele não abriu os olhos, mas ainda assim me reconheceu como se tivesse me visto entrar, e pediu silêncio até aquela música acabar.
- Nada ficou no lugar,Eu quero quebrar essas xícaras,Eu vou enganar o diaboEu quero acordar sua famíliaEu vou escrever no seu muroE violentar o seu gostoEu quero roubar no seu jogoEu já arranhei os seus discos...
Que é pra ver se você volta,Que é pra ver se você vem...Que é pra ver se você olha pra mim. (...)
E continuou cantando, com um sentimento que sinceramente não conseguia se quer falar qualquer coisa, apenas escutava como se aquilo fosse minha vida, isso ficou marcado para sempre em minha memória, eu só tinha 19 anos, mulher na aparência mas menina ainda na cabeça, enquanto ele... Ah! ele era meu porto seguro, o amigo de infância, o namorado da adolescência e quem sabe o homem de minha vida no futuro. Sentia que ele cantava para mim, cantava por mim, e não abria os olhos, mas lágrimas de tanto sentimento rolva em seu rosto, tínhamos brigado alguns meses. E desde então não o vi mais.A música acabou, lentamente seus olhos se abriram, olhos castanhos, marejado olhos castanhos que sentia com uma capacidade que talvez, meu deus me perdoe, eu tenha até inveja. Abriu um sorriso, um daqueles sorrisos que não precisamos dizer mais nada, um daqueles sorrisos que dizem: que bom que veio; um sorriso que ao se abrir iluminava o quarto por tamanha pureza e tamanha vontade de dar um sorriso acolhedor.- Oi princesa - Como sempre me chamava, me comprimentou.Não consegui falar de início, apenas o abracei com toda minha força, o abracei para que nunca mais saisse perto de mim, para que entendesse que mesmo longe meus pensamentos estão perto, o abracei como quem não quer largar jamais.- Oi. - respondi aos susurros, não queria falar, apenas vê-lo, sentir meu coração bater mais forte, concertar meus erros, e acertar agora. Pedir desculpas. E falar o que realmente sentia.Ficamos abraçados por alguns longos minutos, mas minutos que para mim poderia ser a eternidade que continuaria da mesma forma, como era bom ficar nos seus braços... Como era gostoso sentir seu perfume...As vezes as coisas em nossa vida passa e não percebemos, as vezes simplesmente deixamos escapar a nossa felicidade por entre os dedos, e sem querer, quando vemos, não temos mais nada, não temos mais o nosso amor, não temos mais nossa motivação para ser feliz. Eu estava tentando continuar a história que havia dado um ponto final pensado apenas no racional. Mas ele era tão cavalheiro, compreensivo, companheiro, sabia que iria entender.- Perdão - disse eu, ainda sussurrando em seus ouvidos. - O que falei não era o que realmente queria, me enganei... Tentei mentir para mim mesmo, tive medo de enfrentar a nossa história sem saber o que aconteceria mais tarde...- Psiu! - olhou nos meus olhos e com os dedos a minha boca, pediu para não falar - Eu sei... Eu sei... E ainda com os dedos em minha boca, fechou os olhos novamente, e beijou-me os lábios como há alguns meses não sentia aquele beijo que ao tocar-me era capaz de me levar ao êxtase e gozos em apenas segundos. Um beijo tão puro e sentimentalizardo... Ah! que veijo... Como eu estava sendo tão louca de deixar minha felicidade ir embora assim, sem ao menos lutar, ou dar uma chance para que isso pudera acontecer, tão lindo, tão eterno... Tão amante...Nos levantamos da cama, sentido agora todo seu corpo, e nos meus sentimentos era já impossível disfarçar a felicidade que transparecia em meus olhos, e sorrisos que ao olhar para ele dava. Fomos ao quintal. E agora com as mãos à minha, cantarolava outra música, com o mesmo sentimento.
- Meu poeta eu hoje estou contenteTodo mundo de repente ficou lindoFicou lindoEu hoje estou me rindoNem eu mesma sei de quePorque eu recebiUma cartinhazinha de vocêSe você quer ser minha namoradaAi que linda namoradaVocê poderia serSe quiser ser somente minha Exatamente essa coisinhaEssa coisa toda minhaQue ninguém mais pode serVocê tem que me fazerUm juramentoDe só ter um pensamentoSer só minha até morrerE também de não perder esse jeitinhoDe falar devagarinhoEssas histórias de vocêE de repente me fazer muito carinhoE chorar bem de mansinhoSem ninguém saber porqueE se mais do que minha namoradaVocê quer ser minha amadaMinha amada, mas amada pra valerAquela amada pelo amor predestinadaSem a qual a vida ‚ nadaSem a qual se quer morrerVocê tem que vir comigoEm meu caminhoE talvez o meu caminhoSeja triste pra vocêOs seus olhos tem que ser só dos meus olhosE os seus braços o meu ninhoNo silêncio de depoisE você tem de ser a estrela derradeiraMinha amiga e companheiraNo infinito de nós dois
Ainda cantando, colheu uma das rosas brancas, que havia plantado para mim, sentou-se ao meu lado e antes que qualquer coisa eu resolvesse falar, deu-me outro beijo... e beijando fui-me cedendo, e explodindo todo um sentimento que havia guardado em mim que sabia que na verdade não seria mais de ninguém se não ele, meu Poeta, meu amigo, minha vida, o homem de minha vida que quase havia deixado escapar...O tempo apressou-se sem que nós percebecemos, e ao anoitecer, a lua cheia nos iluminou ainda no quintal, em baixo das árvores sentados no banquinho, coladinho a seu corpo sem nenhuma palavra a dizer, só momentos a sentir. Ele me encostou no colo e ficamos apenas a olhar a lua, as estrelas, passaria a noite alí com ele, ficaria alí com ele para sempre. E aos poucos fui-me adormecendo, com os carinhos que ele me fazia, me fazendo sonhar aos toques de sua mão leve.E já era dia quando acordei, Estava em minha cama, o telefone tocava- Alô - será que era ele me ligando? será que ele havia me trazido enquanto dormia para aqui?- Alô, gostaria de falar mesmo contigo... - respondeu a voz do outro lado o quem poderia ser?- Sou eu, lembra? O melhor amigo do Poeta - me recordei - Gostaria apenas de lhe informar... - sua voz estava cortada, e pelo visto com choro - O Poeta se foi, ele faleceu hoje.Desliguei o telefone. Como poderia aquilo? Estive com ele ontem, e recebi uma flor dele, fui ao meu quarto, vesti qualquer coisa e corri para a casa dele. Era verdade, Meu Poeta havia falecido, fui-me para o banco em choro, o mesmo banco de meu sonho, e lá estava a mesma rosa que ele havia me dado. Eu desperdicei com minha razão a minha felicidade... Eu joguei fora o meu amor, o meu Poeta... eu...
Pierrot
PIERROT
Lúcio Vérnon®
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
"O Ar Ainda Pesa"
“O AR AINDA PESA”
As lembranças não param...
Uma música toca quieta...
As lembranças não param...
Lúcio Vérnon ®
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
ICÓGNITA
Fecha os olhos para não ver o tempo passar, fecha os olhos e não quer saber de quem está logo à frente observando tudo com movimentos leves, para não perder nenhum momento com um movimento brusco. Pensa em algo distante quanto tudo que está do outro lado da realidade.
Fecha os olhos e não mais quer saber do que estar para acontecer, não quer saber das palavras pronunciadas, mesmo que essas consigam penetrar os pensamentos retirando uma lágrima cristalina que desce calada e solitária, e secreta para que não seja percebida; e não quer saber daquele lugar, e respira fundo, e olha para cima, não com um ar de dramaticidade, mas apenas para contemplar as estrelas que formam desenhos nos céus; olha para cima apenas para contemplar a lua que vem saudar e salvar aquele momento de minutos que deveriam ou devem ainda ser esquecidos logo após o fim. Fecha os olhos e não mais ouve, não mais sente, não mais está ali.
Dança enquanto caminha, ouvindo uma música que sai do vazio, apenas para acalantar suas tristezas e preocupações, não se importa com quem passa olhado, não se importa com quem passa falando, apenas sente o que ouve.
Dança e as vezes canta em voz alta de qualquer forma, para que no fim possa simplesmente soltar um sorriso que normalmente não sai sem algum sentido. E sorri para sorri sozinho, para achar graça de si mesmo.
Dança enquanto caminha, e baila numa festa real de apenas um convidado, já que para todos tudo tem que haver algo lógico. Dá gargalhadas quando tudo é mero silêncio.
Cala, quando em volta de muita gente, prefere ficar em silêncio quando não entende os motivos do porque as pessoas, as vezes é tão fútil. Cala, as vezes quando não deve, mas fala quando precisa, e fala sem pudor. Prefere ficar em silêncio antes de falar.
Cala e consente quando falam como é, ou quem é, ou ainda o que é, aceita simplesmente sem nada falar, e fala concordando com tudo o que dizem, sabe que o importante é estar bem consigo mesmo. Palavras sem sentido não faz sentido algum martirizar dentro de si.
Fecha as mãos em posição de luta quando vê algo errado, fecha as mãos em comemoração, fecha a mão para sentir uma música.
Fecha as mãos apenas para sentir-las se fechando, apenas para sentir-se com vida. Fecha as mãos por puro prazer de fechar quando gosta ou não de algo.
Brinca com a imaginação sempre que pode, não para ser apenas alguém com boa imaginação ou ser aclamado por isso, mas apenas para fugir de tudo o que cerca naquele lugar, brinca com a imaginação, para fazer algumas pessoas rirem quando realmente necessita.
Brinca com a imaginação a para se acalmar de um dia ruim, ou para continuar em um dia bom. Brinca para ser o mesmo, e nunca se esquecer que ainda tem um coração acima de tudo.
E escreve. Escreve qualquer coisa que venha à cabeça, escreve por escrever ou para contar algo a alguém, escreve tudo com algum sentido ou sem sentido, escreve pelo prazer de brincar com as palavras, vendo-as formarem frases e textos, escreve para ver as palavras criarem vida.
Escreve para colocar para fora o que sente, para não julgar antes de conhecer, para não falar antes de dever, para se lembrar que palavras podem machucar, para ser triste ou feliz a sua maneira. Escreve para esconder o que sente ou o que viu, ouviu, foi ou ainda é. Escreve pelo gosto da escrita, escreve para amar, sorrir, chorar, cantar. Escreve para não mais usar as armaduras, as máscaras. Escreve para ser transparente.
Lúcio Vérnon®
De Efeito
quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
Lendas
Não sou dos melhores para não acreditar em lendas do tempo, alias tempo pra mim literalmente não é matéria, quase nada no mundo é matéria para mim, isso é só um conceito que tento aceitar quando caminho nas ruas das grandes cidades, principalmente.
Aqui em Goiânia, por exemplo, não posso dizer que as coisas são ruins, estaria generalizando, mas em vista que a grande parte da população acredita em lendas, isso sim me faz querer sumir, ou como alguém me disse uma vez, me faz querer comprar um buraco numa mina para me jogar lá dentro e me enterrar.
Lendas, isso realmente não deveria ser matéria para ninguém, digo matéria como algo concreto, o que em significado realmente não é, mas já nas cabeças das pessoas... As pessoas acreditam em políticos (lenda), acreditam em que o Brasil é o País do futuro (lenda), acreditam que a religião salva (lenda em crescente ascensão ao trono do poder), acreditam que um belo dia tudo vai se resolver (lenda), acredita que o tempo é o melhor remédio (lenda), acreditam até no estado do Acre (ops, isso não é lenda geograficamente) (brincadeirinha..).
Mas o fato é que se pudéssemos medir o tempo, veríamos talvez, isso é se também soubéssemos distinguir lendas de fatos reais, que quanto mais passa os dias mais crentes em mitologias reais e acomodados ficamos.
Olha só, quem se lembra o que representa o 15 de Novembro?
Ou então por que motivo D. Pedro I deu o grito de independência?
Aliás Quem foi mesmo D. Pedro I e o que ele veio fazer no Brasil?
(se alguém se habilitar responder espero ver nos comentários, mas se não souberem, seria uma ótima hora para rever suas crenças e conhecimentos)
Antigamente os estudantes principalmente tinha um certo poder, os políticos tinham medo deles, as pessoas nas ruas consideravam heróis, pois quando eles saiam nas ruas simplesmente agiam em nome do povo, e conseguiam mudar alguma coisa, expulsavam a Dona Carochinha da cabeça de quem acreditava que as lendas eram reais. Tenho muita saudade daquele tempo, e olha que eu apenas era uma criança quando vi a queda do Coronelismo, quando Collor de Melo assumiu a presidência sendo o primeiro presidente com o voto direto.
Porém acho que o tempo não melhorou muito a situação após... Mas já estou fugindo do assunto. Falava sobre lendas.
As lendas são como pragas, espalham pelas nossas cabeças desde criança quando ouvimos pela primeira vez que o bicho papão vem nos pegar a noite se não comermos ou fizermos qualquer coisa que nossos pais nos mandam, e aí aprendemos a fazer as coisas sem questionar, por medo de que algo ruim nos aconteça. Medo que o monstro do armário saia do armário, enquanto na verdade é uma lenda como qualquer outra, como as bem feitorias dos políticos para o povo, a salvação paga das igrejas, a transformação remota e distante do Brasil no Futuro, no tempo como um mago que tudo resolve com apenas uma volta de seus ponteiros, no amanhecer mágico que nos faz esquecer de todos os problemas; no estado do acre inexistente que na verdade é só uma ilusão de ótica (hehehe não agüentei, desculpe os moradores do Acre, mas é que o Governo tanto não faz absolutamente nada pelo estado que eu já estou até começando achar que esse estado é uma lenda, fala-se muito da Floresta Amazônica, e só se refere ao estado do Amazonas, e esquecem o Acre... GENTE O ACRE EXISTE É SÉRIO!!!!).
Crescemos já acomodados e creio se isso não for mais uma mitologia, que está na hora de mudar, ou melhor recuar para avançar, digo recuar porque acredito que está na hora de voltarmos de certa forma ao tempo em que tínhamos um certo poder de impor respeito e medo dos políticos, nos manifestar contra a corrupção, de manifestar nossos anseios de aspirações, de manifestar nossas crenças reais de que podemos sim mudar alguma coisa mesmo que para isso tenhamos que jogar todas e quais quer LENDAS no buraco de onde saíram; creio sinceramente que está na hora de reivindicar que a Dona Carochinha vá para a.... Está na hora finalmente de eu parar de escrever e reivindicar a EXISTÊNCIA do ACRE, PORQUE ELE EXISTE!!!!!
Mas se caso leiam esse texto e achem que não tem nenhum fundamento ou sentido, é porque você estará lendo mais uma lenda de algum contador de estórias tolo.
Lúcio Vernon França Rodrigues
No escritório...
O sono simplesmente invade onde estou, e olha que são só nove horas da manhã, acho que não dormi bem à noite, ou dormir tarde demais. Na sala ao lado o Seu João discute com um funcionário, acho que ele vai vir aqui na sala pedir carta branca para passar o cartão azul.
Na recepção o telefone não pára de tocar, ali deve ser muito, muito estressante, ouvir o mesmo som o tempo todo, falando com pessoas muito das vezes mal educadas, até mesmo porque, cliente não liga para saber como a empresa anda indo, para desejar um bom dia ou boa tarde, só ligam quando tem realmente algo acontecendo seja lá por qualquer motivo que atribua a culpa a quem fornece um serviço, então as ligações não tendem a ser amistosas, a não ser quando é alguém do próprio escritório ou da família.
No RH, até imagino, muitos até prestam um bom serviço, mas alguns... Esses, como diria na minha terra Bahia, estou “piabando” para mandar ir embora. Seria até um favor para humanidade do RH.
Acabei de atender o telefone, era só meu chefe pedindo para ir a sala dele, acho que algo aconteceu, algumas várias vezes nem é nada, só me chama geralmente para conversar sobre qualquer coisa, mas hoje sinto a merda de perto. Talvez seja só intuição errada.
Meus papéis estão na mesa esperando minha coragem chegar para cuidar de todos de uma só vez, mas ainda são só nove e dezoito da manhã, e se eu fizer agora logo após o almoço não terei mais o que fazer e com o cansaço chegando, ficará ainda mais improvável que eu continue acordado.
Nossa, todas as salas ao meu redor agora estão em absoluto silêncio, até já posso escutar as batidas de meu próprio coração. E por falar em coração, como será que está o porteiro Heidson, que aliás é meu primo e trabalha em outra cidade, fiquei sabendo que ele iria ser pai. O coitado tomou uma advertência esses dias pra trás por faltar ao serviço, queria falar com ele para tomar cuidado, afinal não será só por ele agora que terá que trabalhar.
Sinto falta de Música nesse local, gostaria muito de mudar as regras ao menos de minha sala, acho que nessa semana eu resolvo isso bem rápido, devo comprar um mp3 ou mp4 ou qualquer que seja os mp’s tanto faz só quero que saia música. E por falar em música será que devo falar já com o gerente da empresa que quer se candidatar a vereador numa outra cidade, que eu tenho uma banda disponível para a campanha dele? Por um lado seria de grande interesse da banda, e depois nosso.
Droga! A secretária ta aqui na sala me falando os memorandos de reuniões passadas para a reunião de hoje, pelo visto acho que vou me estressar um pouco, mas tudo bem, no final do dia eu melhoro quem sabe. Acho que vou mandar ela ir para a fruta que caiu...
É hora da reunião.
Lúcio Vernon França Rodrigues.