domingo, 27 de janeiro de 2008

Poema Além da Matéria.

Além da Matéria. Quem sabe fosses tu... Correndo para qualquer canto, Chorando o azar de não ter, Sofrendo a negação própria... Quem sabe apenas a vi Em imaginações férteis... Quem sabe talvez só um sonho, Quem sabe ainda nada mais além... Já faz muito tempo... Sim... O tempo não ajuda ninguém, As lembranças continuam, E o sono chega com outros sonhos. Quem sabe não fostes apenas um sonho, Que verdadeiramente aconteceu por aí... Que não se deixa esquecer dormindo... Que não vai voltar simplesmente... Fim... Já faz algum tempo... E o sofá ainda lembra teu cheiro. E a boca ainda lembra teu beijo... E as palavras não falam nada mais além. Quem sabe além da matéria exista você, Sorrindo com vestido branco florido... Esperando o momento com braços abertos, Falando meu nome em sonhos também... Lúcio Vérnon®

Poema de uma lembrança

MOSAICO Coelho, casa, amor, amante, pão de mel, Filhos, árvore, amigos, amizade, luz no céu. Chuva, história, pequena flor... Café, biscoito, primos, avó, senhor!... Manhã, escola, aula, recreio, professor, Castigo, tarefa, diversão, dó do diretor. Colegas, pé de manga, parquinho, tio, Fugas, esportes, ida pra casa, ponte, rio. Final de ano, férias, festas, bolo de chocolate, Brincadeiras, corrida, quedas, cachorro que late... Quieto, mesa, pessoas, conversas, vestido com flor, Olhar, desespero, espera, angústia, primeiro amor. Lúcio Vérnon 23.01.2008®

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Acompanhante

ACOMPANHANTE

I

Um corpo inerte ao espelho; Olhos vagos, vazios, desiludidos; Um corpo mórbido, frio e distante; Sonhos em algum lugar, longe...

Perdido na imensidão do nada, Amando sem amar; prazendo sem prazer... Queria partir, queria sonhar, talvez ser feliz... E os ponteiros sempre se separam...

Um corpo apenas, nada mais além; Um já padecido ser que ainda vive. Um corpo já entregue, acomodado, morto. Esperanças, pensamentos, fora e vão por aí.

Vontade de chorar, a boca treme... Vontade de sair correndo em busca. Um ser que ouve as lembranças... Tolo. Que chora, sente, rir – isso não como antes.

II faz frio lá fora... A lágrima é salgada. O espelho já não é apenas a visão de si... Um corpo apenas, e nada mais além disso. Um corpo apenas, vazio, amando sem amar.

O vento frígido toca a face sutil... Quão sutil toque esquecido pelos ponteiros. Ponteiros sempre se encontram para separar-se. Queria que a própria vida assim não fosse...

Um corpo anãs pedras, beira mar... Beira agonia de não sentir-se... Queria poder ser qualquer ser. Não pode. Queria sonhar e ser feliz. Proibido pelo tempo.

Lúcio Vérnon. Goiânia 18.01.08®

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Esperança

ESPERANÇA As lágrimas caem e onde foi você? Não estás mais aqui para apará-las, Não mais sinto teus toques, presença. Seria antes a realidade real imaginária? O corpo palpita tépido ao último suspiro, Estremece a alma no súbito desejo de padecer, E tu não estás para consolar na última hora, A respiração falha ao coração parando... A vista escurece apenas vozes ao redor, O frio aquece a alma para partir, voar. Sua voz não deseja a boa viagem, bom pouso. O corpo já não mais é a prisão da alma amante. Ela ainda não sai desse infeliz ser, tua culpa, Pedistes para não ir, mas tu quem foste. Onde estás para deixá-lo partir, ser livre? O desejo é morrer para se viver, onde estás tu? Lúcio Vérnon, GYN- 03.09.06 ®.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

OLHAR

E o que posso finalmente dizer? Ela estava lá, sozinha, e eu ao lado sem saber que palavras sairiam de minha boca, estávamos lá no banco de uma praça onde crianças brincavam incansavelmente, estava a sua frente inerte e sem saber o que fazer ou falar. Com toda certeza seria minha última chance, e aqueles verdes, aquela pele alva, cabelos negros me olhava um olhar de me fazer sentir enfeitiçado, de sentir-me prisioneiro incapaz de fugir dela. Era noite e a lua começava a sair, as crianças aos poucos iam embora com os pais que passavam nos cumprimentando, e ela ainda estava lá, ao meu lado, sem uma palavra apenas me olhava e esperava algo, como se já soubesse o que sentia naquele momento... Nunca levei jeito em falar de mim, nunca conquistei uma mulher, e eu tremia de medo, esfriava-me o corpo só de pensar que ali mesmo ela poderia mudar minha vida para sempre, sabia que muito provavelmente, nunca a esqueceria, mesmo eu já tendo vivido sentimentos mais intensos. Ela ainda estava lá e eu calado, paralisado diante de um olhar que até agora ao fechar meus olhos sinto o calor...- Seus olhos são lindos - disse eu finalmente meio engasgado ainda - nunca eu havia vistos olhos tão lindos como o seu...Ela ainda continuava calada, me olhava e nada mais, nenhum sorriso, ou expressão de desgosto, ou qualquer movimento se quer. O que aumentava ainda mais minha insegurança, e meu desejo de ouvi-la, observei a pele do rosto, e ela era tão veludosa quanto a pêssego novo, e de observar podia eu sentir sua respiração suave, calma, e esperando, mais nada.- Gostaria de lhe falar algo que há um tempo tento dizer-te, porém falta-me coragem para tal...Ela ainda continuava inerte, e agora apenas exalava um perfume de flores ainda mais intenso, perfume que ia me conduzindo a falar tudo o que sentia no momento, ia retirando minha libido do falar...- Bem, gostaria de dizer apenas que desejo passar o resto de minha vida aqui observando esse olhar, que me move sentimentos nunca antes experimentados, agraciando tua veludosa pela em comunhão a esse perfume que me leva a um delírio lúdico, em busca de um amor, que agora vejo brotar em minha frente como uma rosa simples e perfeita em um campo distante escolhida para dar-te. Gostaria de dizer-te que não entendo bem o que sinto, é tudo muito estranho para mim, mas se é um amor, deixo que fale por mim, quando com toda a certeza e loucura que um homem possa ter, não peço para namorar-te, ou beijá-la, tocá-la, mas peço para ter-te eternamente, acompanhando nossas vidas, me libertando do mundo que vivo sem ti.A lua já estava alta, olhei para ela, como estava linda... Uma brisa veio brinca com minha face, então fechei os olhos por um momento, e senti um beijo tocar meus lábios, ela havia me beijado, abri os olhos, olhei para os lados, sem entender. Ela não mais estava ali, e talvez nunca estivesse, talvez fosse apenas eu imaginando-a, e sentindo-a... Sozinho na praça recordando daquele olhar chorei.
Lúcio Vérnon®

CONTO DE UMA VIDA

O que minha vida designou é: contar contos, contraditórios de contentamento descontente, contundentes, contundidos contos que conto sem dar por conta... É sim, é o que a vida me designou; mas tudo bem, as letras fluem como águas no rio, e mesmo não tendo muito a sorte de poder falar-te pessoalmente, por esse papel branco que minha caneta teima em deslizar durante horas, transparece um pouco do que sempre me vem, pensamentos ora sórdidos, ora meros pensamentos que pensam em nada pensar. Por esse papel rabisco em letras o sol que há muito foi apagado por gotas de lágrimas que um dia teimaram em cair por algum motivo que por mais que conte nesse conto, ninguém poderia bem entender os motivos de tal zelo, cair uma gota de sentimento escorrendo pelos olhos por alguém que um dia foi e ainda é com quase toda a certeza dessa caneta que escreve: ser o maior amor que veio um dia tomar conta de quem vos escreve e que por azar agora nada mais há. Conheci-a ainda bem moço de calças curtas, cabelos partidos para o lado – penteado feito por minha mãe – não sei se já era final de tarde ou início de noite, mas também de que diferença faz se ao final de um começa o outro? Lembro-me apenas que não era um dia comum, como qualquer dia comum na cidade do interior. Eu estava ansioso, naquela festa de aniversário de uma colega de classe, não sabia o motivo, mas estava. As pessoas passavam de um lado para o outro, ora pra homenagear a aniversariante, ora para cumprimentar os outros convidados, e o restante das crianças de minha idade corria lá fora na beira do rio, numa brincadeira de pegar, mas eu só, queria ficar sentado na mesa observando todo mundo, e de tanto observar vi que não tinha amigos meus que estavam na mesma intenção que eu. Eu queria experimentar pela primeira vez um sentimento que talvez nunca mais sinta, eu queria conhecer novas pessoas, talvez alguém que marcaria minha vida por todos os anos de minha vida – porém isso só descobrir poucos dias atrás, analisando meus feitos de desfeitos ou não feitos. Ainda era muito moço, como dizia, e apenas estava sentado na cadeira solitária de uma mesa de centro do salão, vendo os convidados conversar alegres, e meus amigos correndo de um lado para o outro, até que pela primeira vez vi alguém entrar naquele salão, e era tão radiante quando a vi, era como nos contos norte americano ao descrever o sentimento de amor ou de uma paixão inesquecível, ouvi vários sinos, senti as borboletas abrindo as asas em vôos em minha barriga, sentia a mão esfriar e tremer, em apenas olhar para ela, e os movimentos logo ficaram lentos como num filme brega de amor americano, mas como já disse o poeta uma vez, o amor é para ser ridículo, senão, não é amor. E de repente ela passa do meu lado, com seus irmãos, ela estava linda, comportava um vestido branco com estampas de flores de várias cores, sei que nunca irei me esquecer... Já não mais havia mesas no salão, todas estavam ocupadas, e eu sozinho numa mesa para quatro, e ela em pé com mais dois irmãos – uma irmã mais velha e um irmão mais novo – e ainda sem jeito, não os conhecia, exceto pela irmã mais velha que foi meu álibi, convidei para sentar junto a mim, e em meio a conversas que eu puxava, ou elas puxavam, na verdade queria era dizer que o que mais eu gostaria era sentir o abraço mais puro e sentimentalizado que poderia existir e nada mais, que eu gostaria de em num rompante de silêncio constrangido, sentir os seus lábios tocar o meu pela primeira vez, e para sempre. E no fim gostaria de simplesmente desejar nunca ter vivido sem ela um segundo sequer. Mas isso também veio de minha analise. E o tempo passou, e já não era mais tão moço, já saia só de minha casa, mas ainda muito depois de fazer todas as obrigações, que, aliás, fazia bem rápido para que no fim eu pudesse ter mais dois ou três minutos com ela naquela praça cercada de flamboyant, bancos de concreto espalhadas e várias flores no centro da praça que havia uma fonte que já não funcionava, exceto nos finais de ano. O tempo passou, e cada vez que a via era como a primeira vez, sentia todas aquelas chamadas baboseiras pelos mais jovens – muito embora quando a vejo ainda hoje sinto o mesmo. A noite as estrelas estavam sempre sorrindo, e a brisa acalantava os minutos que tinha com ela no meu colo olhando as estrelas, enquanto me faltava coragem para roubá-la um beijo, o beijo que sempre desejei e imaginei um beijo para sempre. Para sempre. Mas já faz tempo, e hoje me resta apenas memórias que ainda tento apagar, antes que sufoca-me de amor e felicidade antiga, já faz tanto tempo que hoje vivo de uma saudade interminável, que sou incapaz de esquecer, tentando me enganar ao falar para os quatro ventos que tudo foi-se esquecido nos quatros cantos do meu quarto, que deixam as marcas de socos descontentes, de lágrimas no papel, e sangue dos sentimentos que retornam sem nunca cessar... Já faz muito tempo, e em minhas analises nada mais vejo, não me resta a felicidade, pois ela reside no passado, teus toques antigos, pois também reside no passado. Entretanto como ia eu dizendo, ficava sempre na praça com ela nos finais de semana, porém foi passando-se os anos, e finalmente nascia uma carência, que ia aumentando nos encontro onde nada mais acontecia a não ser conversas intermináveis e demonstrações de carinhos que por falta de coragem minha não selava nosso sentimento com o selo do toque suave aos dez segundos que antecedem um beijo puro e verdadeiro. E quando dei por conta era carnaval, e ela estava correndo para beira do rio chorando por um motivo que até hoje não sei, antes ela sempre me falava, e eu correndo logo atrás o mais rápido possível, e enquanto tentava acalmá-la, lá veio ele, um outro homem, e um abraço, e toda a coragem que não tive, um beijo, enquanto eu disfarçadamente deixava cair lágrimas entre um sorriso e outro, numa brincadeira para ele nada perceber, e um desejo de partir finalmente para um outro mundo qualquer, o rio convidava-me a realizar esse desejo, e antes que eu a aceitasse me olhou. Nunca irei esquecer aquele olhar como nunca irei esquecer os momentos que tive com ela desde o dia que a conheci... E em minha mente passa o mesmo filme a cada relacionamento. E quando achei que não tinha mais forças para lutar, me veio como uma armadura completa com espada, escudo e máscara, uma chance que não joguei fora, joguei os sonhos para o alto para vir para essa cidade, deixei amigos, sonhos e carreira, com a certeza de que no fim tudo daria certo, e vim com uma felicidade que com o passar do tempo foi-se apagando ao me deparar com a realidade – a realidade que vivi e vivo num conto de fadas que criei aos meus dez anos, e que deveria ter esquecido aos quinze ou antes talvez, mas sou incapaz por realmente amá-la e ainda lá no fundo, mas bem no fundo acreditar que um dia ainda poderia conquistá-la ou reconquistá-la – de que ela já estava bem crescida, como eu, e estava no meio de um relacionamento verdadeiro, e que por mais que eu lutasse, no máximo conseguia deixar confusa, como numa noite perto da casa dela, debaixo de uma árvore, a luz da lua cheia nascendo, com muitas nuvens no céu – como aliás sempre é quando a encontro hoje em dia, não tem mais as estrelas que um dia teve – em meio a palavras que só então tive coragem de falar, finalmente aconteceu dois beijos, um que ela me deu, e outro que eu dei. Porém ao fim de outro dia, em meu endereço eletrônico, havia uma carta pedindo desculpas, e falando que não me amava, pedindo para eu me afastar. Lembro-me bem daquela noite seguinte, mais lágrimas caiam por sobre meus poemas, que aliás, já há algum tempo não consigo mais escrever, meus tios não sabiam e nem escutavam meus choros, e mesmo que vissem não iria acreditar que eu estaria chorando, pois dizem por aí que homem não chora por amor, ou por qualquer outra coisa sequer. Mais um tempo se passou, e dessa vez consegui voltar fazê-la pensar em nós dois, e naquele carnaval não fui pra cidade onde nos conhecemos, e talvez ali, perdi mais uma chance que sei que não havia, mas ainda sim perdi, e quando regressou, tivemos mais um encontro e até agora o último, onde ela no final de me ouvir pediu para nunca mais tentar algo assim com ela. E mais uma noite em lágrimas ocorreu na minha vida, mais um tombo, e a espera de mais uma armadura, espada, escudo e máscara para lutar, e enquanto não vêm apenas repito uma música mentalmente por acreditar no fundo que isso acontece comigo de certa forma, repito palavras em notas, com um sentimento de que tudo no final retorne ao passado e eu possa concertar os erros e lutar por ela, o maior dos meus casos que nunca houve e os abraços que nunca me esqueci, o melhor de meus erros, mas que sempre erraria só porque no fim sei que sempre a amarei, desculpe quem espera um sentimento de amor de mim. Porém minha vida apenas designou contar contos de contentamentos descontentes, contundentes e contundido, contidos no meu ato de contar o conto. E como já era de se esperar este é só mais um conto que nesse papel branco minha caneta desliza em palavras que fluem como água no rio de encontro ao que nunca tive coragem de falar-te pessoalmente estes pensamentos ora sórdidos, ora pensamentos que só pensam em nada pensar, por mais horas que se passe, nesta escrita embriagada numa noite envolvida de um silêncio que me faz lembrar em tudo que nunca passei, ou passei de mais sem saber.




Lúcio Vernon® Goiânia – 01. Maio. 2007.

PALAVRAS


Pensamentos.

As palavras se perdem no vento 
São apenas palavras, apenas desejos, 
Quem sabe talvez um dia faça pensar, 
Quem sabe um dia mostre o caminho. 

As palavras são apenas palavras 
Que tentam mostrar os sentimentos, 
São só gestos tímidos de não demonstrar, 
Quem sabe faça lembrar de tudo... 

 Mas gestos são mais que palavras tímidas, 
São palavras que demonstra, gesticula... 
São desejos querendo sair de dentro... 
Talvez entenda o beijo, talvez entenda... 

 Já palavras e gestos é casamento... 
É todo um sentimento explodindo... 
É o pedido para aceitar, implorando... 
Talvez dê um sim ou não, talvez sim... 

E se falta gesto de palavras, sobra silêncio. 
Silêncio é verdadeiro amor, não cobra... 
Silêncio não se acanha, não se fala, sente. 
Silêncio é certeza do nada, dúvida do certo. 

 É o mundo se apertando de tanta nostalgia. 
Silêncio é o que sai do fundo em explosão, 
Quem sabe se lembre dos abraços e respirações.
Quem sabe nunca esqueça da dúvida, mas aceite. 

Silêncio não se perde por aí, faca guardado, 
Se torna saudade por ver o tempo passar... 
E saudade é saudade que angustia, mata... 
Não esqueça, não esqueça de tudo...

Lúcio Vérnon® Goiânia 01.Julho.2007

FLORES BRANCAS



































Flores... O aroma na casa era de flores, talvez jasmins, ou petúnias, não sei distinguir um cherio de flores, mas sei apreciá-las. Flores, a casa tinha cheiro de flores, ao fundo suavemente uma boa cansão tocava em algum quarto, e alí estava ele, com olhos fechados, para sentir a música, não escutava apenas com os ouvidos, mas com o coração, a mão estava sua caneta preferida, e um papel onde escrevia alguns de seus poemas, falando de amor, e amor, e amor.Entrei, ele não abriu os olhos, mas ainda assim me reconheceu como se tivesse me visto entrar, e pediu silêncio até aquela música acabar.
- Nada ficou no lugar,Eu quero quebrar essas xícaras,Eu vou enganar o diaboEu quero acordar sua famíliaEu vou escrever no seu muroE violentar o seu gostoEu quero roubar no seu jogoEu já arranhei os seus discos...
Que é pra ver se você volta,Que é pra ver se você vem...Que é pra ver se você olha pra mim. (...)
E continuou cantando, com um sentimento que sinceramente não conseguia se quer falar qualquer coisa, apenas escutava como se aquilo fosse minha vida, isso ficou marcado para sempre em minha memória, eu só tinha 19 anos, mulher na aparência mas menina ainda na cabeça, enquanto ele... Ah! ele era meu porto seguro, o amigo de infância, o namorado da adolescência e quem sabe o homem de minha vida no futuro. Sentia que ele cantava para mim, cantava por mim, e não abria os olhos, mas lágrimas de tanto sentimento rolva em seu rosto, tínhamos brigado alguns meses. E desde então não o vi mais.A música acabou, lentamente seus olhos se abriram, olhos castanhos, marejado olhos castanhos que sentia com uma capacidade que talvez, meu deus me perdoe, eu tenha até inveja. Abriu um sorriso, um daqueles sorrisos que não precisamos dizer mais nada, um daqueles sorrisos que dizem: que bom que veio; um sorriso que ao se abrir iluminava o quarto por tamanha pureza e tamanha vontade de dar um sorriso acolhedor.- Oi princesa - Como sempre me chamava, me comprimentou.Não consegui falar de início, apenas o abracei com toda minha força, o abracei para que nunca mais saisse perto de mim, para que entendesse que mesmo longe meus pensamentos estão perto, o abracei como quem não quer largar jamais.- Oi. - respondi aos susurros, não queria falar, apenas vê-lo, sentir meu coração bater mais forte, concertar meus erros, e acertar agora. Pedir desculpas. E falar o que realmente sentia.Ficamos abraçados por alguns longos minutos, mas minutos que para mim poderia ser a eternidade que continuaria da mesma forma, como era bom ficar nos seus braços... Como era gostoso sentir seu perfume...As vezes as coisas em nossa vida passa e não percebemos, as vezes simplesmente deixamos escapar a nossa felicidade por entre os dedos, e sem querer, quando vemos, não temos mais nada, não temos mais o nosso amor, não temos mais nossa motivação para ser feliz. Eu estava tentando continuar a história que havia dado um ponto final pensado apenas no racional. Mas ele era tão cavalheiro, compreensivo, companheiro, sabia que iria entender.- Perdão - disse eu, ainda sussurrando em seus ouvidos. - O que falei não era o que realmente queria, me enganei... Tentei mentir para mim mesmo, tive medo de enfrentar a nossa história sem saber o que aconteceria mais tarde...- Psiu! - olhou nos meus olhos e com os dedos a minha boca, pediu para não falar - Eu sei... Eu sei... E ainda com os dedos em minha boca, fechou os olhos novamente, e beijou-me os lábios como há alguns meses não sentia aquele beijo que ao tocar-me era capaz de me levar ao êxtase e gozos em apenas segundos. Um beijo tão puro e sentimentalizardo... Ah! que veijo... Como eu estava sendo tão louca de deixar minha felicidade ir embora assim, sem ao menos lutar, ou dar uma chance para que isso pudera acontecer, tão lindo, tão eterno... Tão amante...Nos levantamos da cama, sentido agora todo seu corpo, e nos meus sentimentos era já impossível disfarçar a felicidade que transparecia em meus olhos, e sorrisos que ao olhar para ele dava. Fomos ao quintal. E agora com as mãos à minha, cantarolava outra música, com o mesmo sentimento.
- Meu poeta eu hoje estou contenteTodo mundo de repente ficou lindoFicou lindoEu hoje estou me rindoNem eu mesma sei de quePorque eu recebiUma cartinhazinha de vocêSe você quer ser minha namoradaAi que linda namoradaVocê poderia serSe quiser ser somente minha Exatamente essa coisinhaEssa coisa toda minhaQue ninguém mais pode serVocê tem que me fazerUm juramentoDe só ter um pensamentoSer só minha até morrerE também de não perder esse jeitinhoDe falar devagarinhoEssas histórias de vocêE de repente me fazer muito carinhoE chorar bem de mansinhoSem ninguém saber porqueE se mais do que minha namoradaVocê quer ser minha amadaMinha amada, mas amada pra valerAquela amada pelo amor predestinadaSem a qual a vida ‚ nadaSem a qual se quer morrerVocê tem que vir comigoEm meu caminhoE talvez o meu caminhoSeja triste pra vocêOs seus olhos tem que ser só dos meus olhosE os seus braços o meu ninhoNo silêncio de depoisE você tem de ser a estrela derradeiraMinha amiga e companheiraNo infinito de nós dois
Ainda cantando, colheu uma das rosas brancas, que havia plantado para mim, sentou-se ao meu lado e antes que qualquer coisa eu resolvesse falar, deu-me outro beijo... e beijando fui-me cedendo, e explodindo todo um sentimento que havia guardado em mim que sabia que na verdade não seria mais de ninguém se não ele, meu Poeta, meu amigo, minha vida, o homem de minha vida que quase havia deixado escapar...O tempo apressou-se sem que nós percebecemos, e ao anoitecer, a lua cheia nos iluminou ainda no quintal, em baixo das árvores sentados no banquinho, coladinho a seu corpo sem nenhuma palavra a dizer, só momentos a sentir. Ele me encostou no colo e ficamos apenas a olhar a lua, as estrelas, passaria a noite alí com ele, ficaria alí com ele para sempre. E aos poucos fui-me adormecendo, com os carinhos que ele me fazia, me fazendo sonhar aos toques de sua mão leve.E já era dia quando acordei, Estava em minha cama, o telefone tocava- Alô - será que era ele me ligando? será que ele havia me trazido enquanto dormia para aqui?- Alô, gostaria de falar mesmo contigo... - respondeu a voz do outro lado o quem poderia ser?- Sou eu, lembra? O melhor amigo do Poeta - me recordei - Gostaria apenas de lhe informar... - sua voz estava cortada, e pelo visto com choro - O Poeta se foi, ele faleceu hoje.Desliguei o telefone. Como poderia aquilo? Estive com ele ontem, e recebi uma flor dele, fui ao meu quarto, vesti qualquer coisa e corri para a casa dele. Era verdade, Meu Poeta havia falecido, fui-me para o banco em choro, o mesmo banco de meu sonho, e lá estava a mesma rosa que ele havia me dado. Eu desperdicei com minha razão a minha felicidade... Eu joguei fora o meu amor, o meu Poeta... eu...




Lúcio Vérnon - Goiânia. 10.08.2007®

Pierrot

PIERROT

E ainda tento sorrir... Enquanto cavalgo pelas campinas; Mas a lágrima cai... Sempre cai... O cavalo pára e eu continuo a rolar...

E ainda tento sorrir... Com minha face manchada do pó, Com meu corpo, ferido n’alma... Com meu riso forçado de dor latente... A maquiagem esconde minhas expressões; Mas a lágrima cai... Ela sempre cai... Borrando o rosto alvo e doentio por trás; Assuntando quem vê... Deveria ser engraçado.

E ainda tento sorrir... Meu riso pálido, entre choros secretos; Nos cantos que ouço dos cantos que fico... Ainda assim tento sorrir... Na força que faço...

Lúcio Vérnon®

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

"O Ar Ainda Pesa"

“O AR AINDA PESA”

As lembranças não param... Um sofá, uma tarde e noite, um afago; Um jantar, as estrelas, nada para beber; Castigo: Sempre um não, talvez, nunca sim...

Uma música toca quieta... Longe dos sonhos que vêm acordar; As letras falam absolutamente tudo... Longe dos sonhos que vêm sonhar...

As lembranças não param... Torturam, aprisionam, mal tratam; Um jantar, o luar, e nada a dizer... Castigo: respirar e viver arrependido...

Lúcio Vérnon ®

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

ICÓGNITA

Fecha os olhos para não ver o tempo passar, fecha os olhos e não quer saber de quem está logo à frente observando tudo com movimentos leves, para não perder nenhum momento com um movimento brusco. Pensa em algo distante quanto tudo que está do outro lado da realidade.

Fecha os olhos e não mais quer saber do que estar para acontecer, não quer saber das palavras pronunciadas, mesmo que essas consigam penetrar os pensamentos retirando uma lágrima cristalina que desce calada e solitária, e secreta para que não seja percebida; e não quer saber daquele lugar, e respira fundo, e olha para cima, não com um ar de dramaticidade, mas apenas para contemplar as estrelas que formam desenhos nos céus; olha para cima apenas para contemplar a lua que vem saudar e salvar aquele momento de minutos que deveriam ou devem ainda ser esquecidos logo após o fim. Fecha os olhos e não mais ouve, não mais sente, não mais está ali.

Dança enquanto caminha, ouvindo uma música que sai do vazio, apenas para acalantar suas tristezas e preocupações, não se importa com quem passa olhado, não se importa com quem passa falando, apenas sente o que ouve.

Dança e as vezes canta em voz alta de qualquer forma, para que no fim possa simplesmente soltar um sorriso que normalmente não sai sem algum sentido. E sorri para sorri sozinho, para achar graça de si mesmo.

Dança enquanto caminha, e baila numa festa real de apenas um convidado, já que para todos tudo tem que haver algo lógico. Dá gargalhadas quando tudo é mero silêncio.

Cala, quando em volta de muita gente, prefere ficar em silêncio quando não entende os motivos do porque as pessoas, as vezes é tão fútil. Cala, as vezes quando não deve, mas fala quando precisa, e fala sem pudor. Prefere ficar em silêncio antes de falar.

Cala e consente quando falam como é, ou quem é, ou ainda o que é, aceita simplesmente sem nada falar, e fala concordando com tudo o que dizem, sabe que o importante é estar bem consigo mesmo. Palavras sem sentido não faz sentido algum martirizar dentro de si.

Fecha as mãos em posição de luta quando vê algo errado, fecha as mãos em comemoração, fecha a mão para sentir uma música.

Fecha as mãos apenas para sentir-las se fechando, apenas para sentir-se com vida. Fecha as mãos por puro prazer de fechar quando gosta ou não de algo.

Brinca com a imaginação sempre que pode, não para ser apenas alguém com boa imaginação ou ser aclamado por isso, mas apenas para fugir de tudo o que cerca naquele lugar, brinca com a imaginação, para fazer algumas pessoas rirem quando realmente necessita.

Brinca com a imaginação a para se acalmar de um dia ruim, ou para continuar em um dia bom. Brinca para ser o mesmo, e nunca se esquecer que ainda tem um coração acima de tudo.

E escreve. Escreve qualquer coisa que venha à cabeça, escreve por escrever ou para contar algo a alguém, escreve tudo com algum sentido ou sem sentido, escreve pelo prazer de brincar com as palavras, vendo-as formarem frases e textos, escreve para ver as palavras criarem vida.

Escreve para colocar para fora o que sente, para não julgar antes de conhecer, para não falar antes de dever, para se lembrar que palavras podem machucar, para ser triste ou feliz a sua maneira. Escreve para esconder o que sente ou o que viu, ouviu, foi ou ainda é. Escreve pelo gosto da escrita, escreve para amar, sorrir, chorar, cantar. Escreve para não mais usar as armaduras, as máscaras. Escreve para ser transparente.

Lúcio Vérnon®

De Efeito

AD EFFECTUM

Não, amor não nasceu para o poeta, Como o demônio não nasceu para ser Deus. O poeta existe para sofrer, sentir e escrever. O poeta tem apenas sua maldição como meta, A maldição de escrever e sofrer os amores seus, Gemendo teus ais, de esquinas em esquinas que vier. O sonhar, sim, é para esses catadores de letras. Somente ali poderá realizar teus ímpios desejos, Mesmo que seja apenas por milésimos de segundos. Porque talvez seja o que o destino reservou, apenas, Os mau dizeres da vida em insanos gritos roucos, Ao revelar da verdade e do viver a ilusão; seus dois mundos. Não a felicidade, também não para nossa classe. Nenhum poeta pode ser feliz, não pode ser amado, Exceto o amor de mãe, e dos que lêem tais versos. Talvez se o poeta parasse e a caneta finalmente calasse, Quem sabe deixasse de ser poeta, fosse para o outro lado, Podendo amar, fosse feliz, enquanto nós somos os avessos. Lúcio Vérnon®

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Lendas

Não sou dos melhores para não acreditar em lendas do tempo, alias tempo pra mim literalmente não é matéria, quase nada no mundo é matéria para mim, isso é só um conceito que tento aceitar quando caminho nas ruas das grandes cidades, principalmente.

Aqui em Goiânia, por exemplo, não posso dizer que as coisas são ruins, estaria generalizando, mas em vista que a grande parte da população acredita em lendas, isso sim me faz querer sumir, ou como alguém me disse uma vez, me faz querer comprar um buraco numa mina para me jogar lá dentro e me enterrar.

Lendas, isso realmente não deveria ser matéria para ninguém, digo matéria como algo concreto, o que em significado realmente não é, mas já nas cabeças das pessoas... As pessoas acreditam em políticos (lenda), acreditam em que o Brasil é o País do futuro (lenda), acreditam que a religião salva (lenda em crescente ascensão ao trono do poder), acreditam que um belo dia tudo vai se resolver (lenda), acredita que o tempo é o melhor remédio (lenda), acreditam até no estado do Acre (ops, isso não é lenda geograficamente) (brincadeirinha..).

Mas o fato é que se pudéssemos medir o tempo, veríamos talvez, isso é se também soubéssemos distinguir lendas de fatos reais, que quanto mais passa os dias mais crentes em mitologias reais e acomodados ficamos.

Olha só, quem se lembra o que representa o 15 de Novembro?

Ou então por que motivo D. Pedro I deu o grito de independência?

Aliás Quem foi mesmo D. Pedro I e o que ele veio fazer no Brasil?

(se alguém se habilitar responder espero ver nos comentários, mas se não souberem, seria uma ótima hora para rever suas crenças e conhecimentos)

Antigamente os estudantes principalmente tinha um certo poder, os políticos tinham medo deles, as pessoas nas ruas consideravam heróis, pois quando eles saiam nas ruas simplesmente agiam em nome do povo, e conseguiam mudar alguma coisa, expulsavam a Dona Carochinha da cabeça de quem acreditava que as lendas eram reais. Tenho muita saudade daquele tempo, e olha que eu apenas era uma criança quando vi a queda do Coronelismo, quando Collor de Melo assumiu a presidência sendo o primeiro presidente com o voto direto.

Porém acho que o tempo não melhorou muito a situação após... Mas já estou fugindo do assunto. Falava sobre lendas.

As lendas são como pragas, espalham pelas nossas cabeças desde criança quando ouvimos pela primeira vez que o bicho papão vem nos pegar a noite se não comermos ou fizermos qualquer coisa que nossos pais nos mandam, e aí aprendemos a fazer as coisas sem questionar, por medo de que algo ruim nos aconteça. Medo que o monstro do armário saia do armário, enquanto na verdade é uma lenda como qualquer outra, como as bem feitorias dos políticos para o povo, a salvação paga das igrejas, a transformação remota e distante do Brasil no Futuro, no tempo como um mago que tudo resolve com apenas uma volta de seus ponteiros, no amanhecer mágico que nos faz esquecer de todos os problemas; no estado do acre inexistente que na verdade é só uma ilusão de ótica (hehehe não agüentei, desculpe os moradores do Acre, mas é que o Governo tanto não faz absolutamente nada pelo estado que eu já estou até começando achar que esse estado é uma lenda, fala-se muito da Floresta Amazônica, e só se refere ao estado do Amazonas, e esquecem o Acre... GENTE O ACRE EXISTE É SÉRIO!!!!).

Crescemos já acomodados e creio se isso não for mais uma mitologia, que está na hora de mudar, ou melhor recuar para avançar, digo recuar porque acredito que está na hora de voltarmos de certa forma ao tempo em que tínhamos um certo poder de impor respeito e medo dos políticos, nos manifestar contra a corrupção, de manifestar nossos anseios de aspirações, de manifestar nossas crenças reais de que podemos sim mudar alguma coisa mesmo que para isso tenhamos que jogar todas e quais quer LENDAS no buraco de onde saíram; creio sinceramente que está na hora de reivindicar que a Dona Carochinha vá para a.... Está na hora finalmente de eu parar de escrever e reivindicar a EXISTÊNCIA do ACRE, PORQUE ELE EXISTE!!!!!

Mas se caso leiam esse texto e achem que não tem nenhum fundamento ou sentido, é porque você estará lendo mais uma lenda de algum contador de estórias tolo.

Lúcio Vernon França Rodrigues

No escritório...

O sono simplesmente invade onde estou, e olha que são só nove horas da manhã, acho que não dormi bem à noite, ou dormir tarde demais. Na sala ao lado o Seu João discute com um funcionário, acho que ele vai vir aqui na sala pedir carta branca para passar o cartão azul.

Na recepção o telefone não pára de tocar, ali deve ser muito, muito estressante, ouvir o mesmo som o tempo todo, falando com pessoas muito das vezes mal educadas, até mesmo porque, cliente não liga para saber como a empresa anda indo, para desejar um bom dia ou boa tarde, só ligam quando tem realmente algo acontecendo seja lá por qualquer motivo que atribua a culpa a quem fornece um serviço, então as ligações não tendem a ser amistosas, a não ser quando é alguém do próprio escritório ou da família.

No RH, até imagino, muitos até prestam um bom serviço, mas alguns... Esses, como diria na minha terra Bahia, estou “piabando” para mandar ir embora. Seria até um favor para humanidade do RH.

Acabei de atender o telefone, era só meu chefe pedindo para ir a sala dele, acho que algo aconteceu, algumas várias vezes nem é nada, só me chama geralmente para conversar sobre qualquer coisa, mas hoje sinto a merda de perto. Talvez seja só intuição errada.

Meus papéis estão na mesa esperando minha coragem chegar para cuidar de todos de uma só vez, mas ainda são só nove e dezoito da manhã, e se eu fizer agora logo após o almoço não terei mais o que fazer e com o cansaço chegando, ficará ainda mais improvável que eu continue acordado.

Nossa, todas as salas ao meu redor agora estão em absoluto silêncio, até já posso escutar as batidas de meu próprio coração. E por falar em coração, como será que está o porteiro Heidson, que aliás é meu primo e trabalha em outra cidade, fiquei sabendo que ele iria ser pai. O coitado tomou uma advertência esses dias pra trás por faltar ao serviço, queria falar com ele para tomar cuidado, afinal não será só por ele agora que terá que trabalhar.

Sinto falta de Música nesse local, gostaria muito de mudar as regras ao menos de minha sala, acho que nessa semana eu resolvo isso bem rápido, devo comprar um mp3 ou mp4 ou qualquer que seja os mp’s tanto faz só quero que saia música. E por falar em música será que devo falar já com o gerente da empresa que quer se candidatar a vereador numa outra cidade, que eu tenho uma banda disponível para a campanha dele? Por um lado seria de grande interesse da banda, e depois nosso.

Droga! A secretária ta aqui na sala me falando os memorandos de reuniões passadas para a reunião de hoje, pelo visto acho que vou me estressar um pouco, mas tudo bem, no final do dia eu melhoro quem sabe. Acho que vou mandar ela ir para a fruta que caiu...

É hora da reunião.

Lúcio Vernon França Rodrigues.

EU AMO ISSO AQUI.

Agora quando vim escrever, pensando exatamente nos textos que li de um amigo em outra página: www.surtoimproviso.blogger.com , me veio um pensamento de tudo o que se passou nesses últimos anos, as amizades conquistadas, os projetos realizados e não realizados, as falsas promessas de ano novo. Essas são as melhores, pois sempre que entramos em um novo ano, já com a cara cheia de cachaça prometemos, e prometemos milhares de coisas, só não prometemos o mundo porque se não Deus "grila", afinal tudo sempre tem que ser como ele quer que seja, o que para mim não é problema algum, mas fico pesando que no fim fazemos várias promessas, como pagar as contas, ou comprar um carro novo, ou sei lá, ajudar o povo, ou ainda prometer qualquer coisa que não tenha sentido nenhum de se cumprir, como prometer não mais beber, aí chega o final do ano que vem, e estaremos novamente com a cara cheia da "manguaça", gritando barbaridades para as meninas que passam na rua sozinha porque o namorado muito sentimental terminou com ela naquele momento, e prometendo tudo novamente. Me veio também na cabeça de escrever qualquer coisa que fala de sentimento já que tem pouco tempo que se passou do natal, e no natal que é a data do nascimento do menino Jesus, todo mundo quer dar e comprar presentes, Jesus meu vizinho dono de uma loja de roupas num shopping é quem agradece muito essa data, além de todos acreditarem ser seu aniversário, dão muitos e muitos lucros à loja dele, isso ainda, sem contar nos vários mitos que colocam nas crianças sobre o tal de Papai Noel, que não sei de que maneira desce as chaminés das casas brasileiras - embora esqueçamos do detalhe de que 98% das casas brasileiras não tem esse adereço fantástico por onde entra o bom velhinho. Mas isso não importa também, meus filhos que ainda não tenho, também vão acreditar no Papai Noel, afinal qual é a graça do natal se não enganar nossos filhos deixando-os crescerem frustrados ao saber que o verdadeiro Bom Velhinho que tem é a nossa carteira com o dinheiro suado de vários meses trabalhados? Bom, mas agora queria falar de hipocrisia, mas poxa já falei do natal... E... E... Também já falei do ano novo.... quer saber por enquanto pense só nisso aí se algo fizer algum sentido se não fizer tudo bem... E como diria os quadrinhos que estou lendo (Transmetropolitan - com personagem: Spider Jerusalém): To escrevendo da porra de Goiânia.... Mas pra falar a verdade até que gosto disso aqui... t+ postagens diárias ou o mais tardar semanais. (Essa é a minha primeira postagem, desse meu segundo blog) grande abraço espero que gostem quem por aqui passar. comentário: ia colocar um vídeo, mas tenho q acordar cedo amanhã.. não deu tempo.. trago outro dia. Lúcio Vérnon.