Passam em branco
por sobre memória,
cabelos que fitei,
numa vida presente
em outros tempos, talvez.
Desconheço o recordar
engendrando minúcias,
de tua morena cor,
enquanto embalas
sob lua e estrelas...
E sorris a afagar
a própria pele
que em outros tempos,
desejava as mãos
de um mais claro e canela.
passam em cores
por sobre o café
noites de tons pratas,
enquanto em histórias
eram contada as lembranças.
Reconheço a silhueta
de branco florido,
sempre a espera daquele,
desengonçado que não esquece,
príncipe inexistente, possível.
Lúcio Vérnon.