Silêncio...
E ainda que não tenhas
que não vejas, não toques.
- Seria eu?
Ainda que seja noite,
ou que já repouses na cama.
- Não serei eu.
E ainda que desejes,
e que sonhes, e que chames.
- Seria eu?
E ainda que a beijes,
e alargue tuas costas num abraço.
- Não serei eu.
E quando o telefone tocar,
e quando um riso se parecer.
- Seria eu?
E quando ver as costas
caminhando sozinho a passos apertados.
- Não serei eu.
- Porque estive no presente já passado,
nos afagos bem quistos, e nos não correspondidos,
nos beijos que tiram o fôlego, e nos que enojaram,
e nos desejos apaixonados e nos puros da carne...
Lúcio Vérnon -- À Cristine
hahahahaha, esse eu já tinha visto, já tinha salientado o teor "caliente", intenso das palavras...
ResponderExcluirp.s.: a rosa solitária ao fundo ficou bem melhor! ^^
Como sempre né migo escrevendo esses poemas lindos... Mas esse ficou ótimo! xD
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