quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Indefinições

Indefinições
As palavras somem do papel,
a caneta trepida, rabisca
desenhos quaisquer,
Poeta insone, cala-se...
Procura no dicionário
definições indefinidas
do que sente, próprio
peito nega a afirmação.
E caminha inquieto
pela casa solfejando,
músicas outrora cantadas,
e sente um toque leve...
Já os lábios enlaçam
inocuamente um beijo
que espalha-se
enquanto fecham-se os olhos.
O tempo passa pacientemente,
o corpo sente a falta do abraço...
E a boca emudece intumescida
do que o silêncio lhe trás.
Lúcio Vérnon

Um comentário:

  1. Gostei bastante do poema!
    Principalmente das duas primeiras estrofes.
    Muito bom, parabéns.
    E ah! to seguindo.
    beijos

    ResponderExcluir

Saudações a todos que contribuírem com os comentários, para que eu possa sempre melhorar, e aos que apenas vieram ler.
Muito obrigado pela visita.