quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Mão torpe



Mão torpe

Minha mão torpe, ainda escreve,
trepida junto ao peito,
que de lembranças
solfeja, para não sofrer...

E já posso me sentir bem,
as névoas passaram,
e são nos teus olhos
que me transformo...

Minha mão torpe, ainda teima...
E desliza palavras humildes
em vez de ações soberbas,
mas talvez não menos egoístas...

E já posso me sentir bem,
Mas ainda falta algo...
E são nos teus toques
que me acalmo...

Minha mão torpe, não quer descansar,
Junta-se ao desejo silenciosa,
Sonha e reza, e vaga a noite
enquanto talvez já dormes...

E já posso me sentir bem,
desencarnado de quietude...
E estar ao seu lado
Me leva a quem sou na realidade.

Lúcio Vérnon

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