quarta-feira, 7 de março de 2012

O Mesmo Sentimento



O sono se vai, a mente voa,
passos estalam sobre o asfalto,
o corpo se distancia,
e a razão some enquanto sentimos...

As vozes emudecem,
e queremos gritar,
dói o peito...
E já não há mais o sentido.

Sono se vai, um violão chora,
as luzes ficam mais escuras,
o silêncio já não mais conforta,
e ainda sobra um pouco de vinho...

As letras já falham,
o papel cai pelo bolso...
dói o peito...
E já não queremos mais outro.

Lúcio Vérnon

6 comentários:

  1. Gostei bastante amigo... bjo...

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  2. Me gerou angústia... Acho que isso significa que teu poema invade.
    Parabéns!

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  3. Estou lendo e começa a tocar "Quem de nós dois" na rádio aqui do blog. Coincidência?
    Perfeita simetria.
    Bonito (porém triste) poema.
    Abraço!

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  4. Não considero seu poema triste, mas sim profundo,
    parece uma mão que toca lá no ímpeto.
    Lindo, Lúcio. Você conseguiu transpor um coração saudoso e tocante em palavras.

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  5. "O mesmo sentimento", me levou a um questionamento:
    será se permaneço com o mesmo sentimento que há três poemas atrás?
    Mesmo entre uma crise de bipolaridade e outra (rsrs), cada gesto, toque, sorriso, palavra, sensação, sentimento gerado; permanecem ali, intactos, na retina, pele, mente e coração... Todavia como diz o poema "o corpo se distancia", talvez nunca tenha estado tão próximo ao ponto de realmente significar, é uma hipótese que se contrapõe como muitos dizem , à minha visão "conto de fadas" nesses casos.
    Às vezes é necessário fazer calar o que grita nossos próprios sentimentos, para ouvir o que outro está dizendo... e simplesmente seguir, porque não há o que esperar!
    Poema bonito, dá uma sensação de vai e vem também! rs
    Abraço! ;)

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