Descansa em branco a única amante,
cantos e contos não caem sobre o corpo,
os toques e os traços trepidam vacilantes
à lágrima esguia no soluçante porto.
Brilham, em negro céu, estrelas de escorpião,
e a amante perdura em conversas torpes,
os assuntos são transitórios de apenas paixão,
e o poeta só deseja, da lésbica, os suaves toques.
Descansa em branco a primeira amante,
aguardando talvez os despojos escritos,
de palavras colhidas em momentos pendantes,
e assuntos mergulhados nos tempos esquecidos.
Lúcio Vérnon.
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