Não há mais espaço para versos,
palavras são avessos dos sentidos,
e já é preciso defender o óbvio,
que de ululante se torna antônimo.
Já não há mais tempo para o tempo.
A urgência nos obriga ao novo,
repetido diariamente em acasos
tão factuais e tão premeditados.
Não mais há a motivação,
motivos são alvo da irracionalidade,
de preceitos e pré-conceitos por interesses,
desinteressantes da matéria.
Já não há mais nada...
A vida se perdeu no espaço
cheio do vazio de casos
recriados por momentos não realizados.
Lúcio Vérnon
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