sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Poema Abstrato



E de Risadas esvaem-se outras lembranças...
Peito soluça enquanto refaz-se.
Todos os olhos, olham outro lado,
a própria face já não mais se reconhece.
Nenhuma palavra define sentimento,
e nem mesmo ao tempo lhe é prometido.

E de promessas permanece estático,
um mundo demolido, construções abstratas,
formas realísticas de algo não desejado.
A luz se apaga, a razão salta pela janela
enquanto escuro, e consome o ser que não está.
Seria possível suprimir o que anseia?

Lúcio Vérnon.

4 comentários:

  1. Choro, alegria, saudade...
    Construções e desconstruções do tempo e dos sentimentos.
    Viver é esse eterno chegar e partir, de lugares, de nós mesmos. Sempre.

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  2. É impressionante, "Além da Matéria" sempre estabelece dialogicidade!
    Se descobrir como "suprimir o que anseia?" por favor, compartilhe. rsrs
    Dessa vez chegou um sentimento, sim ele chegou e de fato, súbito e avassaladoramente!... parece meio dramático, mas contagiou rápido e intensamente, tenho aquela sensação de aperto ou borboletas no estômago, o sangue circulando acima de 36º, e em graus Fahrenheit, coração batendo mais alto e diferente, e não, dessa vez não é o efeito do 'sopro no coração' que tenho desde criança, está batendo mais alto e diferente por alguém, a quem costumo chamar de "Príncipe", e até "Gato de Botas" porque tem um olhar irresistível e perturbador. ; )
    Embora eu sempre diga e tenha claro que não "temos" as pessoas, e sim, que "estamos" com elas por um tempo, às vezes atemporal, rolou um egoísmo aqui, queria tê-lo de verdade, atingi-lo, algo de permanente, mesmo sob a penumbra do efêmero.
    Entretanto como diz a canção: "me sinto um porto de partida", por isso sinto meus sentimentos do fim para o começo.
    Do real e do abstrato... Talvez eu/ele já estejamos no leque das lembranças um do outro, não sei, insegurança talvez; só sei que ele é uma vida em menos de 24h, isso no tempo dos relógios comuns, porque para mim ele é o marco de uma hora esperada, expectativa que cabe dentro do perfeito. Acho que ele não tem noção do impacto que causou, como nunca ninguém causara, Real...
    Abstrato o que tenho sentido a partir de então!
    Estou mais feliz agora, por conseguir expor para mim mesma, esse 'medo de amar', porque triste ou feliz, tudo vira poesia, independentemente do que possa acontecer!
    Te adoro amigão, escreva sempre!
    Abração!
    Quel.

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  3. Não me mate, embora o comentário acima tenha ficado gigante...kkkkkkkk... faltou a música!
    Vira Virou - Kleiton e Kledir - Versão Original 1980 "MPB"
    http://www.youtube.com/watch?v=8pHUj_bGi40

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Saudações a todos que contribuírem com os comentários, para que eu possa sempre melhorar, e aos que apenas vieram ler.
Muito obrigado pela visita.