domingo, 23 de março de 2014

Chuva e Palavras




Palavras presas na garganta...
E misturavam lágrimas à chuva.

O asfalto derretiam suas esperanças
em passos tão largos, tão duros,
quanto os próprios sentimentos que julgava.
- Já a alma remoía vontades reprimidas
dos verbos nunca conjugados a quem deveria...

Eram amargas as gotas que caiam...
Molhavam o corpo, abraçava os desejos.
E Sonhava entre toques imaginários...
Fazia promessas em pura loucura
e jurava ser tudo a quem, ali, não ouvia!

Palavras presas na garganta...
Queria os braços de quem no momento não podia,
e que em outros acalantava suaves versos
de escrita e cantos como quem nina,
ou provocava com olhares semi puros e lascivos.

Eram amargas as lágrimas que caiam...
E por um relance via sombras que dançavam
entre cigarros e cafés, desejos e estados,
zombando de encontros e ansiando por outros
em segredo de uma frase ainda não dita.

Lúcio Vérnon


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