Os traços ascendem, sussurram versos
e conjugam-os em pretérito perfeito.
Não há futuro para o que se foi,
não há presente pro o que há de vir...
Outra vez é alta a noite...
A brisa canta teu nome, e acaricia
curvas tênues de sedutora maciez,
enquanto de olhos curvados, sonho...
Faz silêncio agora... A rede balança.
É pleno o ser nos braços da memória...
E toco teu corpo em desejos impuros,
o vento sopra... Teus lábios agora em mim.
Já é tarde, no desejo ainda não há tempo...
- Tempo é mero acaso de segundos não contados.
Os traços ascendem, Sussurram teu nome,
e ondas de prazer embalam-me em teus toques.
Lúcio Vérnon
"Tempo é mero acaso de segundos não contados."
ResponderExcluirPercebi que este verso está presente em alguns de teus poemas.. Gosto particularmente de tua definição de "Tempo". Belo poema.
O tempo nos embala ou embalamos o tempo?
ResponderExcluirTempo, meio que segura, transforma, dissolve, envolve e retorna. O presente evoca o tempo passado presentificado pela lembrança. Parabéns pelo poema e estou de acordo com a Lilian Dourado sobre sua definição de tempo. Beijos e paz!