sábado, 5 de maio de 2012

Ser



E já não sei quem sou...
O caminho faz curvas,
não encontro as tuas...
- Teus olhos, reluzem?

Não quero ser quem sou,
o peito grita, os olhos calam
e ainda não ouço a tua voz...
- Tua face, acalma?

Me perco em quem sou,
os pensamentos perpassam,
e a imaginação realiza o tempo...
- Quantas vidas você tem?

E só quero ter o que sou...
Procuro semelhança,
formas como as tuas...
- Teu sorriso, encanta?


Lúcio Vérnon

Um comentário:

  1. Bastar apenas ser intensamente... Amei esse seu poema! Ficou ótimo, me identifiquei.

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Saudações a todos que contribuírem com os comentários, para que eu possa sempre melhorar, e aos que apenas vieram ler.
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